segunda-feira, 4 de março de 2013

Música para "abrilhantar" a festa

Os músicos estão acostumados a serem chamados para "abrilhantar" a festa. E isso não é de hoje. Neste artigo, que apresentei no IX Congresso Luso Brasileiro de História da Educação, realizado na Universidade de Lisboa em julho de 2012, utilizo relatos de professoras de música da década de 30, entre outros documentos, para mostrar como essas professoras se sentiam com relação a esta obrigação. 

Mostro que a educação musical, na época de Villa-Lobos, sob governo de Getúlio Vargas, era realizada em duas grandes frentes: a aula de música e as comemorações escolares. Detalho o significado dos termos "canto orfeônico" e "canto coral". Procurei demonstrar que a atividade musical escolar acontecia em meio a  dois extremos: os objetivos musicais e os objetivos de inculcação cívico-nacionalista, ambos presentes nos conteúdos programáticos. O que se percebe, é que a música escolar acontecia em meio a confitos e disputas, com uma clara orientação para a performance. E que a tarefa de ensinar música em classe e mostrar o resultado musical nas festas era feita por uma grande maioria feminina: as professoras de música e regentes de orfeão. 

O texto está publicado em:

Mogarro, M.J. & Cunha, M.T.S. (orgs.) (2012). Rituais, Espaços & Patrimónios Escolares. IX Congresso Luso Brasileiro de História da Educação,(Atas), p. 3313-3324. Lisboa: Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. ISBN 978-989-96999-6-0

Você pode acessar o texto aqui: 

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